I finally decided to read bell hooks after her passing. Immediately, “Teaching to Transgress: Education as a practice of freedom” became one of my favourite books. Ironically, hooks has helped me recover from experiences between academia and activism that had made me avoid her work for a long time.
What do researchers (in social sciences) do, exactly?
Some weeks ago during sauna, my brother-in-law asked me: “What exactly do you do (as a researcher)?” This text – my opening remarks at my PhD defense in 2016 – is my answer to the question. Read here if you ever wondered the same about research in general and my work specifically.
Challenges in Politically Engaged Research
In the keynote panel at Nordmedia 2019, in Malmö (Sweden), I talked about (a) what I have been doing as a researcher to overcome challenges in academia; (b) how I have challenged myself to be a better researcher; and (c) how I have tried to exchange ideas with society and future generations of scholars.
Snow-white News
The whiteness of the media is reflected in the way the Global South or racialized people are spoken of. The journalist Kukka-Maria Ahokas (Voima Magazine) and I talked about media whiteness and Yle’s Red Nose Day. At my suggestion, we agreed to deal with media whiteness as a dialogue instead of a traditional interview. Click to read the conversation in English.
Paulo Freire’s legacy in the Anti-Racist Media Activist Alliance
In February 2021, I participated in the Speaker Series of Loughborough University and Cardiff University. I talked about Paulo Freire’s legacy in our work at ARMA Alliance. I argued that Freire remains a key reference for collective action for solidarity, mutual learning, justice, respect and changes.
On Collaboration in Research and Activism
The relationship between “collaboration” and “career” in research is very complicated, but we still don’t seem to talk about it as much as we should. This is a conversation we especially have to have with students who might be considering to take a collaborative path on their academic trajectories.
Lessons from a call-out and a shout-out
Doing activist research is very rewarding, but also very challenging. Collaborative efforts – especially as individuals in a neoliberal society – can be highly emotional and conflicting. Experiencing a call-out and a shout-out in the past weeks taught me about the importance of being upfront and promoting mutual support in academia and activism.
Um outro distanciamento social
Em tempos de COVID19, é muito angustiante ser da classe média de Helsinki enquanto minha família é da classe trabalhadora em Magé. O vírus é o mesmo, mas são mundos muito diferentes.
Dealing with Feelings in Social Sciences
The more I listen to scholars and activists who write about coloniality and structural racism in society and academia, the more I understand the origins of the intense feelings I feel as a researcher and learn how to deal with them.
Transformações
Pra quê fazer ciências sociais quando nosso mundo cada vez mais desigual parece estar também ficando cada vez mais esquisito? Um questionamento para definir propósitos e manter a esperança.
Lies, rumours, violence
I shivered with shock as I scrolled down a family WhatsApp group this week. The savage violence against Muslims in India proves we should not neglect the dangers of peer-to-peer (P2P) fear-mongering in Brazil.
Changes
What’s the point of doing social sciences when our increasingly unequal world seems to be going bonkers? A question for purpose and hope.
What is the “Anti-Racism Media Activist Alliance” (ARMA)?
On December 2017, Kone Foundation awarded me and Monica Gathuo a grant to conduct the project we call Anti-Racism Media Activist Alliance (ARMA): Research and Activism Collaboration for Creative Uses of Digital Media, Pedagogy and Arts against Racism in Finland. In this text, I explain what ARMA Alliance is.
A persistente relevância de “Pele Negra, Máscaras Brancas”
A relevância do clássico Pele Negra, Máscaras Brancas, de Frantz Fanon (disponível em português aqui), continua até hoje, 65 anos…
O dia que conversei com Dilma Rousseff
Me inscrevi logo que soube que Dilma Rousseff falaria em Helsinki*. Dilma, a primeira mulher presidente do Brasil. Tão perto. Tão fácil de ver. Para mim, imperdível. Decidi ir. Dali em diante, sensações contraditórias dominaram meu corpo.
Depois da Carta ao Lázaro Ramos
Semana passada, eu escrevi uma carta para Lázaro Ramos. Na carta, eu descrevi o que seu livro, Na Minha Pele, tinha significado para mim. Horas depois, Lázaro leu e, emocionado, compartilhou a carta com seus milhares de seguidores no Facebook e Twitter. Daquele dia pra cá, esse papo com o Lazinho rendeu conversas e experiências extraordinárias. Deixa eu contar mais ou menos o que aconteceu.
Na Nossa Pele
Querido Lazinho, eu sou o Léo. Desculpe a intimidade. Mas acabei de ler seu livro e não tem como não ser íntimo. Até porque no livro você fala comigo. Me faz várias perguntas. Quis tanto saber de mim. Então resolvi te escrever. Acho importante te dizer o quanto seu livro é importante para mim e tantos outros de nós – meninos e homens negros – no país.
Finland feels like home. At last.
For long, living in Finland felt more like living at friends’ than at my own. In July, I met Black people and people of color who were born or have long lived here. Since then, Finland has felt more like home.
A força silenciadora da branquitude
Este texto foi uma reflexão originalmente publicada no site da rede anti-racista Raster (Finlândia) sobre minha experiência angustiante como único negro num evento anti-racista na Suécia. Depois que escrevi o texto, descobri a fala da admirável filósofa Djamila Ribeiro (Tedx São Paulo) sobre a necessidade de romper com silêncios em lutas anti-racistas. Meu texto, então, é um complemento à esse debate.
Conversa e coletividade na favela para transformar pesquisas acadêmicas
No último sábado, participei do encontro “Para quem e para que servem as pesquisas acadêmicas realizadas nas favelas?”, no Colégio Estadual Clóvis Monteiro, na favela de Manguinhos, Zona Norte do Rio. De lá, voltei para Magé aliviado, satisfeito e revigorado pra continuar na luta pela construção de ambiente acadêmico mais inclusivo e por uma pesquisa em ciências sociais com mais diversidade e maiores níveis de participação popular.
Talk and Collectivity in Favelas to Change Academic Research
Last saturday, I participated in the meeting “To whom and what for are academic research conducted in favelas?” at favela of Manguinhos. It was a day of inspiring talks towards more inclusive, diverse and participatory academia.
Como palmiteiros nascem? Uma reflexão de quem sempre palmitou
A palmitagem existe. Eu sei que existe porque eu palmito. É doloroso e incômodo assumir isso, mas é preciso falar:…
Acampa do Levante: a experiência que toda(o) jovem deveria ter
O terceiro acampamento do Levante Nacional da Juventude – que rolou em Belo Horizonte do dia 5 ao dia 9 de Setembro – foi uma das coisas mais marcantes que já presenciei na vida.
Finally, PhD. What happens now?
Last Saturday, I lived the most important rite of passage of my life. After the PhD defense, I have a very strange feeling of being a “doctor”. I feel that a PhD is a powerful title to have. It is. But I stare at it and can only think about “what happens now”.
Enfim, doutor. E agora?
No último sábado, vivi o ritual de passagem mais importante da minha vida. Depois da defesa do doutorado, é uma sensação estranha ser “doutor”. Sinto que o título “doutor” é algo poderoso. E é. Mas olho pra ele e só consigo pensar: “E agora?”
Posso falar? Quem mora no exterior não é menos brasileiro
Por que muitas(os) brasileiras(os) se incomodam tanto quando outra(o) brasileira(o) dá uma opinião sobre alguma coisa política do Brasil?
Tentando entender o caos político brasileiro
Como pensar o caos político brasileiro da distância nórdica? Para organizar as ideias, vale pensar em quatro esferas: política, mercado, sociedade civil e mídia. Não é animador, mas ajuda a pensar a polarização brasileira.
Menos Deboche, Mais Respeito
Precisamos de redes sociais e relacionamentos com mais diálogos e curiosidades respeitosas e menos, muito menos, deboche.
“Que horas ela volta?” – Filme para ver com os pais
“Que horas ela volta?” gera uma chance ótima de conversar sobre o incômodo que eu e suponho que outros como eu tenham vivido ao ter uma vida de experiências, vivências e possibilidades graças ao sacrifício dos nossos pais (ou tios, avós…) que tiveram bem menos que nós.
The conflict of middle classes in the Brazilian youth-led protests
Last June citizens formed the biggest mass demonstrations of Brazil since the end of dictatorship in 1985. Who were the protesters? The consensus between Brazilian and foreign analysts points to the middle class youth. Indeed it is true that most on the streets were young people who had never protested on the streets before. But the emphasis on middle class is too simplistic.
“Another One”: Counting Murders on the Outskirts of the Marvelous City
While the Brazilian national team suffered the worst defeat of all time, Magé—my hometown, located in the greater metropolitan region of Rio de Janeiro—grieved yet another murder. The sadness and outrage experienced while counting Germany’s goals are metaphors of a much greater tragedy: the apparent ineffectiveness of state public security policies on the outskirts of the state capital.
“Mais um”: Contando Assassinatos na Periferia da Cidade Maravilhosa
Enquanto a seleção brasileira sofria a maior derrota de todos os tempos, Magé–minha cidade natal na região metropolitana do Rio de Janeiro–lamentava mais um assassinato. A tristeza e a revolta ao contar gols da Alemanha são metáforas de uma tragédia muito maior: a aparente ineficácia das políticas de segurança pública do Estado na periferia da capital carioca.
O desafio de mobilizar trabalhadores e pobres continua
Ano passado eu escrevi que é um desafio mobilizar trabalhadores de baixa-renda e pobres no Brasil. Uma semana atrás (15 de maio), o Brasil viu alguns protestos contra a Copa do Mundo. Eu fui ao que aconteceu no Rio. A impressão que eu tive é que o desafio de mobilizar mais trabalhadores continua. E é um desafio difícil de vencer.
Em Magé o medo é o espírito da Copa
O espírito da Copa do Mundo me bateu dois dias atrás em mensagens e telefonemas enquanto eu vinha no ônibus de Niterói pra casa. Amigos e parentes perguntavam onde eu estava com muita preocupação. Depois eles me pediram pra ter cuidado: a chapa estava quente em Magé. A pacificação na cidade do Rio tem significado o fim da paz pra nós em Magé.
In my hometown Magé, fear is the spirit of the World Cup
Fear hit me two days ago: Friends and relatives desperately called to warn me of deadly armed conflicts in Magé (my hometown). The “pacification” of Rio before the World Cup has increasingly meant the end of peace for us in Magé.
The challenge of mobilizing workers and the poor continues
Last year, I wrote that it is a challenge to mobilize low-income workers and the poor in Brazil. A week…
“Passeio Etnográfico” na Maré Ocupada
Eu passei a maior parte do último sábado (dia 17) na Maré. A Maré é uma região formada por dezesseis favelas na Zona Norte do Rio de Janeiro. Desde março a Maré está ocupada pelas forças armadas. Eu comentei com uma amiga moradora que eu gostaria de ver como as coisas estão na favela ocupada. Eu tenho imaginado como a ocupação tem afetado o dia-a-dia do lugar. Então ela me levou pra dar um “passeio etnográfico”. Estas são algumas percepções que tive durante e depois do passeio.
An “Ethnographic Walk” around Army-Controlled Maré
I spent most of last Saturday in Maré. Maré is a region formed by sixteen favelas in the North Zone (low-income working-class region) of Rio. Since March Maré has been occupied by the army. I mentioned to a local friend that I would like to see the favela with the presence of the army. I have wondered how it has affected the everyday life of the place. So she took me around for what she called an “ethnographic walk”. These are some perceptions I had during and after it.
(Mis)information and elections in Brazil
In addition to the World Cup, Brazil will also have a presidential election this year. Considering the way the discourses in mainstream media and social networks are going, Dilma Rousseff will be in trouble to be reelected.
Brazilian Everyday-Life Stories (2014)
During the times I spend doing fieldwork in Rio, I have written side stories about everyday life peculiarities. I had taken these notes in 2012 and 2013 (they are here if you want to read them). Here you can read the notes of 2014.
Why #weareallmonkeys is ignorant, insensitive and stupid
The video where Daniel Alves ate the banana against the racist act of the Vilarreal fan made me smile with pride. But I was very angry when I saw the #weareallmonkeys campaign. It was ignorant, insensitive and stupid.
Porque #somostodosmacacos é ignorante, insensível e idiota
Daniel Alves comeu a banana que uma pessoa jogou no campo e me fez sorrir. Mas a campanha #somostodosmacacos que veio depois me irritou muito. Quem compartilha essa frase provavelmente nunca sofreu com o preconceito que o termo “macaco” carrega.
Mídia e Pedagogia: Conexão Finlândia-Jacarezinho (RJ)
Desde que comecei a estudar na Finlândia, uma das coisas que mais me interessam é saber mais sobre a tradição de educação midiática nas escolas e periferias do país. É o caso do Cafuné na Laje, atividade coletiva desenvolvida na favela do Jacarezinho, Zona Norte do Rio de Janeiro.
O Brasil em “12 anos de Escravidão”
Fui ver “12 Anos de Escravidão” ontem e saí boladão do cinema. Chorei de raiva. Fechei os olhos pra não ver certas brutalidades. Mas a qualidade da produção, a lembrança borrada da infância e a metáfora do cotidiano me fizeram achar o filme uma obra-prima.
Pesquisar, aprender e agir: o que eu faço e pra que serve
Esse texto é para minha família e meus amigos que se interessam e tem curiosidade de saber o que eu faço. Que querem saber meus motivos e objetivos pra fazer pesquisa. Também é para as pessoas que eu tenho conhecido nesse processo do doutorado. Pessoas com quem tenho conversado, entrevistado, acompanhado e principalmente admirado pelo que fazem.
The civic legacy of the Rio 2016 Olympic Games
Rio’s preparations for the 2016 Olympics have been marked by human rights violations. Unfortunately, the sacrifice of the poorer for the progress of a city historically ruled by the rich is not new. But now, organized citizens have increasingly reacted. The Olympics have created a promising set of civil society alliances that may be re-shaping citizens’ involvement in Rio’s local politics.
The challenge of mobilizing the poor in Brazil
During the demonstrations in Brazil, many said the giant – the Brazilian people – finally woke up. While it is true that many young people, especially the well-off, have been more active as citizens for the past weeks than they were before, mobilizing lower-income populations remains a hard challenge.
Brazilian Everyday-Life Stories (2012-2013)
Part of my research is to do fieldwork in Rio. In 2012 and 2013, I decided to update my Facebook status with “textual snapshots” of the everyday life I saw in the process. Here is a collection.
O desafio de mobilizar pessoas de baixa-renda no Brasil
Durante as manifestações no Brasil, muitos disseram que o gigante – o povo brasileiro – tinha finalmente acordado. Enquanto é verdade que muitos jovens especialmente de boa qualidade de vida têm sido mais ativos como cidadãos nas últimas semanas do que antes, a mobilização das populações de baixa-renda continua como um grande desafio.
Anotações de um estrangeiro local
Como cientista social, ser um estrangeiro local me coloca numa situação privilegiada. Ao pesquisar a sociedade brasileira, eu tenho mais acesso ao povo e sua mentalidade do que muitos de meus colegas não-brasileiros. Ao mesmo tempo, eu tenho uma distância muito maior do que meus colegas brasileiros que estudam nosso povo lá de dentro.
Notes of a Local Outsider
As a social scientist, being a local outsider puts me in a privileged position. In researching Brazilian society, I have more access to the people and its mentality than many of my non-Brazilian colleagues. At the same time, I am more detached from Brazil than my colleagues studying ourselves as people from within.